Por Juliana Albanez.
“A junção de uma boa imagem, coerência e marca pessoal, pode contribuir para uma comunicação que gera mais impressões positivas e, consequentemente, engajamento”.
A todo o momento em nosso dia a dia vivemos um bombardeio de informações: e-mails, mensagens, reuniões e redes sociais que, a cada dia, nos tomam mais tempo. Dentro desse universo, fica difícil administrar o que devemos armazenar e descartar. Para todos os assuntos, fazemos buscas na internet, discutimos, emitimos opiniões, assistimos vídeos e muitas vezes, na hora de expressarmos ficamos em dúvida diante de tantas informações que podem ajudar e confundir ao mesmo tempo.
Antes de compreendermos a comunicação, precisamos entender o cenário em que estamos vivendo. Diante de um mundo cada vez mais complexo, nossa comunicação também passa por forte transformação. E até nosso cérebro tem tido reações cada vez mais rápidas na hora de absorver uma mensagem como positiva ou negativa. No momento que você conversa com sua comunidade, a sua audiência cria em poucos segundos, impressões. E essas impressões definem todo o seu resultado.
Mas o que define essas percepções? Em que nosso cérebro presta atenção, nessas frações de segundos?
Em um primeiro momento, sem dúvida é na sua imagem. E aí não estamos falando de roupas caras, estilo ou marcas. A pergunta é uma só: você, através da sua imagem, está em sintonia com a mensagem que comunica? Essa é a primeira pergunta que todos nós devemos responder, com senso crítico. Estar em sintonia com sua mensagem é fator decisivo para o resultado. E o que é estar nessa sintonia? Talvez você não perceba o que é estar em harmonia, mas rapidamente percebemos quando alguém não está. Estar em sintonia significa que sua imagem não destoa do que você diz. Suas expressões faciais e corporais, gestos, andar entram em perfeita simbiose a sua fala.
E num segundo instante? E aí vem a situação: não resolve muito, uma imagem em sintonia com a comunicação, se esta comunicação é vazia e sem conteúdo. Em um segundo momento, analise a coerência de sua mensagem. Você conhece o que diz? Conhece seu tema? Fale algo que faça sentido, transmita em suas palavras algo que faça com que as pessoas pensem: “realmente ele(a), tem razão ou o que ele(a) diz é o que se vive. Quando você transmite coerência, você mostra que sua comunicação não é superficial, ela tem embasamento e rapidamente a impressão é positiva.
E para fechar essa tríade, nosso cérebro é magistral ao perceber relacionamento, empatia e uma boa marca pessoal. Depois de uma boa imagem e uma comunicação que faça sentido, avalie sua marca pessoal. Através dela, você pode atingir outros patamares, exercitando o bom relacionamento. Esse relacionamento vem por meio da confiança, empatia, olhar ao próximo e serenidade. Mas para praticarmos esse bom relacionamento e necessário você descobrir qual a sua marca pessoal. Descubra e invista nela. Use o melhor de sua personalidade para montar sua rede e seu legado.
A junção de uma boa imagem, coerência e marca pessoal, pode contribuir para uma comunicação que gera mais impressões positivas e, consequentemente, engajamento. E engajamento é a palavra da vez em comunicação assertiva.
Durante muito tempo, vivemos a fase de comunicar. Empresas, instituições, emitiam seus “comunicados” e esta era forma de grande parte das mensagens. Com o tempo, vimos que existia uma conversa de corredor, ou seja, esse público tinha voz, e era interessante participar dessa conversa e ouvir também pois, era parte do processo. Hoje vivemos a era do compartilhar. Todos compartilham fotos, vídeos, mensagens, opiniões. Mas nada é tão importante hoje, na comunicação, quanto engajar. Esse é o objetivo e habilidade que nem todos conseguem atingir: o engajamento de sua audiência.
Esta falta de engajamento aparece na falha de quatro pilares da comunicação: estratégia, narrativa, reputação e performance.
Uma boa estratégia vai muito além de um começo, meio e fim. Uma boa estratégia passa por uma organização de ideias bem detalhadas, por meio de algumas perguntas que ajudam a nos dar um norte para começar. Perguntas como: o que eu preciso dizer? O que eu quero que as pessoas sintam? – ajudam entender qual a estratégia melhor a ser usada.
Uma narrativa constitui em um bom envolvimento a sua comunicação. Como você vai passar sua mensagem? Com metáforas, histórias, dados comparativos? O uso correto da narrativa deixa sua comunicação mais criativa.
Jamais despreze a reputação de quem emite uma comunicação. Para ter uma comunicação assertiva hoje, é necessário todo cuidado de nosso bem mais precioso, fácil de construir e mais fácil ainda de perder: a reputação, que na verdade é o rolo de uma antiga máquina fotográfica. A imagem é nossa fotografia e a reputação é o rolo continuo dessas imagens. Nunca influenciamos e fomos tão influenciados pela reputação como hoje.
Para atingir uma comunicação de sucesso é necessário ter energia, conexão com sua comunidade. E aí estamos falando de performance, você ao vivo, liderando sua mensagem com coragem, iniciativa, proximidade e sem deixar de ser você em sua melhor versão.
Sabemos dos desafios de atingir esse engajamento, mas o mais importante é o treino, tentar todos os dias, estar atento onde é seu ponto forte e seu desafio, e persistir, que é diferente de insistir. Insistir é tentar várias vezes fazendo da mesma forma. Persistir é refazer, mas de formas diferentes até encontrar a sua comunicação que funcione e gere engajamento. Por isso, lhe desejo bom treino e persistência, sempre!
Juliana Albanez é Jornalista, Coach, Palestrante internacional, Escritora, Autora do livro “Pitch – 3 minutos para comunicar e vender”.
Contato: julianalbanez@gmail.com