Por Wellington Moreira.
Certa vez, Jesus afirmou aos discípulos: “Eu estarei com vocês todos os dias, até o fim do mundo” (Mateus 28,20). Este pequeno versículo nos ensina que precisamos dedicar tempo às pessoas se quisermos nos aproximar delas. Aliás, quando Jesus pede aos apóstolos que deixem tudo e o sigam, Ele certamente agiu assim porque sabia que esta era a melhor forma de conhecê-los e também de Se revelar a eles.
Infelizmente, muitos líderes católicos conservam relacionamentos superficiais com as pessoas que fazem parte da sua pastoral ou movimento. Pouco sabem acerca da vida de quem lideram, pois só os encontram na igreja durante os compromissos pré-agendados. Daí, quando a pessoa enfrenta um problema no casamento ou fica desempregada, o líder nem sabe.
Você precisa fazer parte dos dias significativos que existem na vida dos seus liderados. Não pode perder a chance de, por exemplo, ligar para eles na data do aniversário ou encontrá-los para dar um abraço caloroso quando obtêm uma conquista. Muita gente, hoje em dia, prefere enviar uma simples mensagem de felicitação pelo WhatsApp ou Facebook, esquecendo que o impacto de uma ligação ou contato pessoal é infinitamente maior.
Nos momentos difíceis também precisamos estar presentes. Se vamos ao hospital quando algum dos nossos liderados está adoentado, certamente nos aproximamos ainda mais porque ele percebe que nos importamos de verdade.
Ao liderar pessoas precisamos reservar tempo para estreitarmos o relacionamento com elas fora do templo. Nas empresas, as pessoas acabam se reunindo ao final do expediente em happy-hours. E vocês? Quando foi a última vez que fizeram uma confraternização? É durante encontros dessa natureza que elas aprendem que são amadas de verdade pelo seu líder.
Ok, demonstramos que nossos liderados são importantes quando dedicamos tempo a eles. E o que fazer na prática para estreitar os vínculos cada vez mais?
Sugiro que você crie momentos nos quais consiga se relacionar com o grupo todo e outros que oportunizem conversas individuais. Duas iniciativas neste sentido, são:
- Promover eventos de confraternização: (um churrasco, por exemplo), preferencialmente em sua residência, para que todos compartilhem um pouco de suas vidas num ambiente informal; e
- Visitar cada liderado na casa dele: Pelo menos uma vez por ano a fim de você possa conhecê-lo um pouco melhor e ainda escutar o que ele pensa do trabalho pastoral que realizam juntos.
Com medidas simples assim nós conseguimos fazer um pouco daquilo que Jesus já praticava junto aos seus discípulos 2.000 anos atrás.
Wellington Moreira - Diretor do Instituto Líder Católico e coautor do livro “A arte de liderar na Igreja” (Ed. Santuário) contato@lidercatolico.com.br