Por Adolfo Plínio Pereira.
Estamos em tempos de grandes desafios. No Brasil,
enfrentar a pandemia da Covid19 logo em seguida a uma grave crise econômica e
política da qual estávamos saindo, está sendo um verdadeiro pesadelo, desses
que se têm a impressão de que nunca acabará.
As Igrejas, as nossas Paróquias, as nossas Organizações Católicas e seus Dirigentes sentem as consequências de toda forma: emocionalmente, espiritualmente, fisicamente e, também, economicamente.
Meus irmãos, talvez existam locais neste Brasil, dentro da nossa Igreja, que talvez a consciência sobre o tamanho do problema ainda não esteja no nível que deveria, contudo, ainda dá tempo de acordar para a realidade. A economia reduziu, e muito, sua velocidade. Não há mais facilidade para o dinheiro mudar de mãos por conta dos negócios fechados, então, o dinheiro demora mais para chegar até nós e, quando chega, muitas vezes, chega numa quantidade menor do que esperávamos. O desemprego aumentou. A geração de renda reduziu sua intensidade. As dívidas aumentaram. E, assim, o dinheiro se tornou escasso também aos nossos administradores religiosos, os quais lutam para manter nossas Igrejas e Instituições funcionando da mesma forma de antes.
Lhe convido a fazer uma reflexão sobre o que está acontecendo fora da sua Igreja, fora da Instituição Religiosa que você dirige. E, depois, olhe para dentro de sua instituição e avalie as consequências disso tudo em seu ambiente. Tenha ciência que a situação é grave, mas o que é de fato grave para quem é filho, irmão e amigo de Jesus Cristo? E, a partir desta reflexão, tome as melhores decisões.
Então, mesmo com o “coração apertado”, mesmo tendo a impressão de que não estamos agindo em acordo com o que acreditamos, temos de tomar decisões com base na fé, mas também em prol de nossa sobrevivência. Diminuir o que for possível diminuir em termos materiais. Aumentar o que é necessário aumentar, em especial, nosso esforço espiritual.
Rever as contas, rever onde estamos gastando e no que estamos gastando. Reduzir nem sempre significa piorar, às vezes, é ao contrário. Uma mudança tecnológica, por exemplo, pode trazer agilidade e redução de custos. Mudar o jeito de fazer algo, pode ajudar. Mudar hábitos, também pode ser uma boa estratégia. Cada um sabe a sua realidade, contudo, é hora de refletir, de se perguntar: “preciso realmente disso?”; “posso fazer isso de forma diferente e com menor custo?”; “qual a contribuição que eu posso dar neste momento tão delicado da nossa história?”; “o que eu estou fazendo que pode ser considerado uma regalia nestes tempos tão difíceis, e que posso deixar de fazer para ajudar a passarmos bem por este momento?”.
Pode-se criar novas estratégias para conquistar a adesão dos nossos fiéis às nossas campanhas. Pense e se pergunte: “o que eu poderia fazer e que, talvez, gere fundos para nossa Igreja?”; “como eu poderia fazer?”. Se não tentarmos não vamos saber se daria certo. Lembre-se, somos irmãos, então, temos uma tendência natural de ajudar um ao outro de alguma forma.
Acredito que você pode fazer muito com pouco. Jamais desista de ser quem você é e de fazer o que precisa ser feito. Se não dá para fazer de um jeito, faça de outro, mas faça! É isso que Deus espera de nós, seus filhos amados.
Confie que tudo vai passar e, ao fim deste ciclo, estaremos mais fortes, mais flexíveis, mais desenvolvidos para os desafios da vida e de nossa missão.
Fazendo muito com pouco, continuaremos honrando a presença de Jesus Cristo em nossas vidas. Desejo a você e a todos que estão sob seus cuidados, muita saúde, alegrias e conquistas, com esperança e trabalho, evoluindo sempre.
Um grande abraço.
Fique com Deus.
Adolfo Plínio Pereira, Administrador, Pós-Graduado em Gestão de Pessoas, Mestre em Desenvolvimento Sustentável e Qualidade de Vida, autor dos livros: Liderança Humana e de Resultados (2014) e Uma Liderança e Valor (2017), criador da Metodologia HumaRes® - Liderança Humana e de Resultados, possui curso de extensão em Coaching pela Universidad de Cantabria, Espanha e é Professional Self Coach pelo IBC – Instituto Brasileiro de Coaching e IAC – International Association of Coaching. E-mail: prof.adolfo.pereira@gmail.com.