Pastoral da acolhida

Um desafio para todos.
28 de novembro de 2024 por
Pastoral da acolhida
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Por Pe. José Carlos Pereira, CP.


As paróquias e comunidades eclesiais, atentas às novas questões e necessidades que surgem constantemente na Igreja, têm voltado sua preocupação para o tema do acolhimento. Muitas dioceses, regiões pastorais e paróquias têm escolhido a acolhida como uma de suas prioridades. Isso significa que o acolhimento é um desafio de nossa Igreja que precisa ser enfrentado. 


10 sugestões que ajudam no acolhimento com qualidade.

1. Acolher com alegria;

2. Não complicar as coisas mais do que já são. Pelo contrário, procurar simplificá-las da melhor maneira possível;

3. Conversar, dialogar com a pessoa acolhida, demonstrando disponibilidade;

4. Ser afetuoso, demonstrar calor humano e afinidade emocional;

5. Dar atenção àquele que está sendo acolhido;

6. Ser prestativo, ajudando a solucionar seu problema;

7. Demonstrar firmeza, segurança para que o outro se sinta seguro;

8. Ter sempre atitude ecumênica, sem menosprezar ou diminuir o outro porque ele pertence à outra denominação religiosa, movimento ou pastoral distinta da minha, outra comunidade ou paróquia;

9. Ter coerência nas atitudes;

10. Dar demonstração de fé.


Além dessas recomendações para o acolhimento de um modo geral, há outras, específicas, que valem para a acolhida que é feita na recepção das Missas. Nesse caso, leve em conta três aspectos fundamentais:


1º. Pessoas íntimas 

Se você tiver intimidade com a pessoa que está sendo acolhida, como, por exemplo, amigos, parentes, pessoas mais próximas de você, etc., estenda-lhe a mão sorrindo com simpatia, chame-a pelo nome e, se for costume no local, pode até cumprimentá-la com um beijo.


2º. Pessoas pouco íntimas

Evite cumprimentar com beijos, pois isso pode inibi-las e em vez delas se sentirem acolhidas sentir-se-ão constrangidas.


3º. Pessoas tímidas

A recomendação acima (para as pessoas pouco íntimas) vale também para as pessoas mais tímidas. Trate-as com cortesia, com certa formalidade e bastante naturalidade, evitando atitudes que possam provocar desconforto. Você vai descobrir se a pessoa é tímida ou não com o tempo. Enquanto não descobrir, procure tratá-la sem muita intimidade.


10 coisas que se devem evitar na hora de atuar na acolhida da missa.

1. Querer aparecer; a acolhida é um exercício pastoral muito delicado e qualquer excesso de descontração pode dar a impressão de que quem está acolhendo quer aparecer. 

2. Atitudes como as de acenar escandalosamente para as pessoas que estão distantes;

3. Gargalhar, falar muito alto, batidas nas costas;

4. No caso das mulheres, usar roupas extravagantes, maquiagem ou acessórios exagerados;

5. No caso dos homens, atuar na acolhida, vestindo camisa de time de futebol, de partidos políticos, com propaganda de produtos ou com frases cômicas, obscenas ou de duplo sentido;

6. Roupas inadequadas, como, por exemplo, as muito justas ou muito curta, com decotes ou, no caso dos homens, com camisa aberta ou mesmo bermudas;

7. Jamais mascar chiclete durante a recepção;

8. Óculos escuros, porque, além de ser inadequado para o ambiente (exceto se for uma missa campal, com muito sol, mesmo assim, isso não se justifica), é extremamente deselegante recepcionar as pessoas não permitindo que elas vejam seus olhos.

9. Uso de gírias ou de palavreado inadequado para um ambiente de uma missa; 

10. Atrasos.


10 coisas que são recomendadas na hora de atuar na acolhida da missa.

1. Se tiver que falar algo, fale corretamente e, se possível, chame as pessoas sempre de senhor e senhora, exceto se elas forem íntimas e pedir que as trate de outra forma;

2. Não faça discriminação de pessoas e acolha a todos com atenção, carinho, diferenciando apenas naquilo que foi recomendado acima;

3. Seja discreto em tudo (no acolher, no vestir, no portar-se diante da porta, na forma como segura os folhetos ou outro material – se houver, etc.);

4. Seja pontual;

5. Esteja atento às necessidades das pessoas durante a missa (crianças, idosos, doentes, andarilhos que adentram o recinto, etc.);

6. Se possível, conduza a pessoa até o banco, encontrando um bom lugar para ela, principalmente se ela chegou com atraso;

7. Tente identificar os visitantes, ou as pessoas que estão de passagem;

8. Obtenha informações sobre as pessoas, principalmente as visitantes: o nome, da onde elas veem, etc;

9. Informe a coordenação da celebração ou o animador sobre os visitantes, para que seja feita uma acolhida mais afetuosa a eles;

10. Na despedida, procure estar aposto na porta de saída para despedir dos participantes.


Essas são algumas recomendações que podem favorecer a boa atuação dos agentes na Pastoral da Acolhida. A comunidade poderá descobrir outras. 

Implantar ou reformular a Pastoral da Acolhida é um importante passo para a renovação missionária de nossas paróquias, apelo este evidenciado na V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano, que aconteceu em Aparecida. Investir na Pastoral da Acolhida é uma maneira de formar leigos missionários, os quais levarão as propostas evangelizadoras da Igreja para além dos muros das paróquias.



Pe. José Carlos Pereira, CP é Doutor em Sociologia e Autor de diversos livros, dentre eles “Assembleia Paroquial. Roteiro de preparação e realização”, pela Editora Vozes e “Pastoral da Acolhida. Guia de implantação, formação e atuação dos agentes”, pela Edições Paulinas.

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