Todos os grupos de pastoral, vez e outra, param por algumas horas para fazer a sua reunião de planejamento, revisão, etc. A reunião de pastoral, para ser produtiva, deve ter um esquema para seguir e que motive o coordenador e os membros a participarem de forma proativa.
O tempo das reuniões chatas e sem começo e fim já chegou ao seu fenecimento. Não existe reunião simples ou rápida. Todas são importantes. Estamos em uma nova fase de reflexão e o dízimo deve ser aquela pastoral que tome a iniciativa de ser melhorada.
O Documento 106, sobre a Pastoral do Dízimo, nos indica essa necessidade dizendo: “é importante que os agentes de Pastoral do Dízimo sejam bem formados, estejam bem entrosados e atuem em equipe. Em seus respectivos âmbitos de atuação, os agentes precisam estar inseridos na Pastoral de Conjunto e participar ou estar representado nos Conselhos (…) ” (n. 63).
Traçamos aqui alguns caminhos para que os agentes se orientem na montagem e preparação de suas reuniões e que as mesmas sejam fecundas e possam dar bons resultados. De forma ilustrativa, segue o esquema:
Primeiramente, o esquema poderá ser entendido como teórico, mas poderá ser melhorado e atualizado. A sugestão de formato a ser aplicado às reuniões com os membros de Pastoral do Dízimo tendo em base o Documento da CNBB – 106: O dízimo na comunidade de fé.
Objetivos da Reunião
Não se deve ir à reunião sem ter em mente e na pauta o objetivo daquela reunião. O objetivo deve nascer das opções levantadas na reunião anterior. Seguem alguns critérios:
Necessidade de se reunir regularmente;
Analisar e definir alguns aspectos de pastoral;
Revisar a situação atual do dízimo;
Apresentar e analisar resultados disponíveis;
Formular recomendações e propostas para fortalecer o processo de implantação, manutenção e expansão de ideias e valores sobre o dízimo.
O assentamento dos conteúdos da reunião na ATA: é necessário para se recordar as anotações e registrar, por escrito, os resultados da conversa e evitar disse-que-disse, não perdendo tempo com conversas inúteis. A reunião se inicia com a leitura de ata da reunião anterior.
A proposta do tema para a reunião
Nunca ir à reunião sem a pauta pronta e o tema definido para ser tratado naquela reunião. Em geral, perde-se muito tempo com a procura de temas e propostas. Por isso que as reuniões se tornam chatas e pouco atrativas. Chegar à reunião e ouvir do coordenador: ‘do que iremos tratar nessa reunião’? Além de ser uma falta de respeito é deseducado da parte dele.
Administração de tempo
A reunião com sua pauta definida tem hora de começar e de terminar. Saber administrar eficientemente o tempo permitirá, ao agente, um equilíbrio melhor entre a vida pastoral e pessoal; as reuniões tornam-se mais produtivas e excluem-se as discussões inúteis. Todos têm seus compromissos. Todos deixam seus afazeres para se encontrarem e esperam, com isso, o respeito pelo seu tempo. Sendo assim, o tempo ideal de uma reunião é de 70 minutos!
A reunião se inicia com a chamada
Esse modo não precisa ser através da fala, mas em uma folha ou agenda anotar-se-á o nome dos presentes à reunião obedecendo alguns critérios:
Participantes (presentes) e ausentes;
Local / data / início (horário) e término da reunião;
Pauta presente;
Assuntos tratados;
Responsável;
Prazo de entrega (quando há compromissos a serem assumidos);
Situação
Encerramento. Esse procedimento valoriza a presença dos agentes, não cansa e não torna a reunião enjoativa.
Texto bíblico ou outra leitura
A leitura (livro, documento ou artigo) é utilizada para estimular a reflexão inicial. Não se deve alongar essa reflexão (10 minutos). O coordenador, em punho do texto, vai à reflexão com algumas palavras iniciais para estimular a leitura. O Documento da CNBB – 106 é uma boa iniciativa para o estudo e leitura em grupo.
Como poderá ser feito: dinâmica
Descobrir e propor – em grupos ou pessoalmente – a reflexão do texto a ser refletido. Sempre considerando o grupo e o tipo de reunião. Esse modo exige que o ‘estudo’ não seja exaustivo e demorado.
Prático
Objetivo: o agente responsável apresenta o objetivo daquela reunião. Sem delongas expõe o objetivo e a necessidade de se reunir naquele dia.
Tema, por exemplo: revisão do dízimo mensal ou análise de um caso (ou outro de acordo com as necessidades da comunidade paroquial).
Leitura: II Coríntios 9,6-11. Se a coordenação optar pelo estudo do Documento 106, poderá ter outro direcionamento pastoral e bíblico.
Dinâmica: em grupo/pessoal refletem-se algumas questões proposta anteriormente. Descobrir e propor os cinco pontos destacados pelo apostolo Paulo. Ele fala de um ciclo dinâmico e contínuo. Qual? Esse processo cria interação e curiosidade que acaba fazendo efeito positivo nos participantes.
Tempo: tanto para começar e terminar a reunião, bem como o do grupo que não deva passar de cerca de quinze minutos. Uma boa reunião deve durar, ao todo por volta de setenta minutos.
Plenário ou palavra livre/dada. Com a palavra todos os que discutiram o assunto. Ter sempre o cuidado de registrar, em ata, as considerações mais importantes.
Propostas: quais serão as que vão ficar no registro e quais serão as que ficarão para uma possível proposta de implantação?
Encerramento: poderá se encerrar a reunião ou encontro com os recados finais e um canto depois da oração final.
Oração final: poderá ser feita uma oração espontânea aberta a todos do grupo ou um escrito presente nos Salmos. O Documento 106 traz uma oração final (cf. n. 87-88).