
A Paróquia: um Santuário
É importante ter clareza de que as inovações não eliminam os elementos constitutivos da vida arqueologia paroquial.
2 setembro, 2021
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Micheli Ferreira - Promocat
Nos
últimos tempos, tenho me preocupado com questões pastorais, principalmente por
causa das instigações que foram-me postas, logo após a realização da V
Conferência de Aparecida, através de um Grupo de Estudo que organizei para que,
com irmãos de Presbitério, juntos estudássemos o formidável documento oriundo
daquela profética Conferência.
Dentre tantas constatações, foi lembrada a urgência da Conversão Pastoral da
Paróquia. Essa tentativa já tem suas bases teológicas no Concílio Vaticano II.
Se fizermos uma breve pesquisa nas Mídias Sociais, encontraremos muitos artigos
científicos sobre a temática. A V Conferência sintetiza, com o pressuposto
teológico e antropológico do “Encontro Pessoal com Jesus”, essa reivindicação
continuada pelas Conferências precedentes, a saber: Medellin, Puebla e Santo
Domingo.


Mas a universalização desta questão está no que o Papa Francisco afirma na
Alegria do Evangelho de que “a paróquia não é uma estrutura caduca e tem sua
elasticidade” (EG, 28). Além da dimensão e da conversão missionária, o
Pontífice nos coloca diante do desafio de promover nas paróquias centros de
‘Espiritualidade Cristã’. As paróquias perderam muito das suas características,
como centros de irradiação e lugar de fomento da santificação do Povo de Deus.
Essa dinâmica não é obsoleta. É importante ter clareza de que as inovações não
eliminam os elementos constitutivos da vida arqueologia paroquial.
Por isso, cabe a urgência da promoção e renovação das paróquias como “lugares
de fortalecimento da santificação dos fiéis, que delas fazem parte”. Temos que
dinamizar a renovação missionária, para irmos ao encontro dos que estão fora;
mas não podemos olvidar os que ‘ainda’ estão dentro. A assistência sacramental
diária, adoração ao Santíssimo Sacramento, práticas penitenciais, formação
permanente e presença constante na vida das pessoas, precisam ser estilos
assumidos por todos aqueles que fazem parte e estão no cotidiano da paróquia. A
Igreja já preceitua isso, no seu Direito Universal, mas é sempre lembrar que é
inconcebível que os Presbíteros vivam constantemente no dia a dia da paróquia.
Enfim, meditemos, rezemos, estudemos e avancemos nestas proposições que têm a
ver com a nossa identidade cristã e eclesial. Conversemos e dialoguemos para
adentrarmos nas ‘Novas Normalidades’ desta ordem sistêmica pandêmica e
pós-pandêmica. Façamos das novas comunidades paroquiais células de uma Igreja
cada vez mais missionária e santuário onde as pessoas alimentam o seu desejo de
santificação. Assim o seja!
Micheli Ferreira - Promocat
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